Dorival D'Angieri, o "Vazinho"

Dorival D'Angieri

Além de Guerrazzi, o professor Flávio D’Angieri, o médico Clóvis de Sá e Benevides, o farmaceutico Bonilha e o dentista Oswaldo de Almeida Leite eram freqüentadores assíduos das reuniões tertúlias. Mário Mazzola, barbeiro, tocava o violão mais mavioso de que tenho conhecimento. Mavioso como seu jeito de pouca fala e riso contido. Outro Barbeiro, Jacó, era cavaquista e uma das Almas mais sensíveis entre os Chorões. Era fatal que quando a cachaça começava a afogar as censuras, Jacó retirasse da carteira a foto de sua filha, freira, e a ela dedicasse palavras e lágrimas de carinhosa saudade.

O pintor Amadeu Accioly, pernambucano, sempre trajando paletó e gravata, mesmo no meio da capoeira de mato onde os Chorões faziam questão de celebrar o Dia do Trabalho, declamava poemas clássicos com embriagador sotaque nordestino. Impossível esquecer a sensação que a fala feita de sons guturais provocava nos ouvidos caipiras da gente.

Diogo era um dos cantores e o outro percussionista. Falecido neste ano, Diogo era ultimamente músico da Banda Sanjoanense.

O bem-humorado Juca, que também não conheci pessoalmente, foi o coreógrafo dos Chorões do Japy, sempre que o grupo participava dos corsos de Carnaval. O irreverente Juca era baliza nos desfiles pelas ruas Barão e do Rosário. Já com poucos músicos da formação original e alguns mais novos, os Chorões do Japy participaram, pela última vez, do Carnaval de rua de 1959 (salvo falha de memória). Entre os novos componentes estavam Álvaro Vanzan, mestre do violão de 7 cordas, e sua mulher, a intuitiva meio-soprano Isabel Bigas, que trouxe timbres de canto lírico à seresta dos Chorões, coisa mais maravilhosa.

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