Os Navios a Vapor
Acomodações: 20 primeira classe, 24 na segunda e 500 na terceira classe. Lançado a Palermo em 29 de março de 1880 foi construído na Inglaterra por A. Stephen & Sons, Glasgow e iniciou sua vida no mar na rota Catania, Messina, Palermo e Nova York. Fez somente seis viagens com esta empresa inglesa e foi transferido para Navigazione Generale Italiana. Passou a ser usado na rota Palermo–Napoles-Nova York e depois América do Sul e Brasil. Permaneceu em uso até 1923 quando descartado como sucata (North Atlantic Seaway, vol.3, p.1111 by N.R.P. Bonsor).
A família Florio era de armadores sicilianos muito importantes, que desde 1830 estavam na vanguarda das construções navais e se orgulhavam de possuir cinco vapores já em 1860, época dominada por navios exclusivamente a vela. Entre 1873 e 1877 adquiriram 13 vapores da falida Companhia Trinacria e mais 10 da também falida Companhia Peirano-Danovaro. Devido a Unificação Italiana, Florio e muitos outros Armadores se viram em dificuldades financeiras, pioradas com um naufrágio e em 1883 associou-se a Rubatino fundando a famosa companhia Italiana La Veloce.
Bourgogne
O vapor francês “Bourgogne”, em 189, trouxe Luciano Pallaro 53 anos, sua esposa Omcilla 29 anos, seus filhos Clotilde 19 anos, Olimpia 16 anos e Albino 21 anos, avô de Odila Dinah Pallaro mãe de Alessandro D’Angieri autor destas crônicas. Data de desembarque: 7 de fevereiro de 1889.
O Bourgogne pertenceu à companhia francesa SGTM Lines – Sociètè Generale du Transports Maritimes:
Bourgogne / Uitenhage 1865, 1966 toneladas, 318,2 pés de comprimento e 31,8 pés de altura, uma chaminé, três mastros, casco de ferro, uma hélice e velocidade de 10 nós.